O VERMELHO ACABOU?
A cidade
parou. Todos de olhos no que os bacuraus estavam fazendo. Como quando se joga uma pedra
no lago que tinha sua superfície tranquila e aí as ondas vão surgindo e
ganhando força pra perto das bordas. Mas o que de verdade aconteceu ontem? Ou,
melhor, o que tem acontecido nos últimos dias? Talvez o melhor termo seja o
esvaziamento de sentido. Muito bonito o mar de gente inundando Marcelino Vieira,
retomando o espaço público, vivendo a cidade. Fiquei feliz de verdade em ver o
Largo da Emater dominada, colocamos nossa bandeira lá, de novo. Marcamos
presença!
O movimento horizontal, talvez o ponto mais positivo desse embaraço todo, pode se perder mais facilmente, ser levado a outros ideais que não o verdadeiro. Contra corrupção quem não é? Contra os absurdos do poder público . Mas o cerne da questão é outro. Nas manifestações até sexta
-feira passada o povo saiu às ruas por motivos políticos marcadamente fortes. Efetivos. A indignação de como somos tratados, descontentamento com a fala groseira da situação. Mas ontem... ontem foi uma passeata, histórica porque voltamos à Avenida, com gosto de gás .
O movimento horizontal, talvez o ponto mais positivo desse embaraço todo, pode se perder mais facilmente, ser levado a outros ideais que não o verdadeiro. Contra corrupção quem não é? Contra os absurdos do poder público . Mas o cerne da questão é outro. Nas manifestações até sexta
-feira passada o povo saiu às ruas por motivos políticos marcadamente fortes. Efetivos. A indignação de como somos tratados, descontentamento com a fala groseira da situação. Mas ontem... ontem foi uma passeata, histórica porque voltamos à Avenida, com gosto de gás .
Ontem foi
bonito, em vez de vinagre foi o cheiro de cerveja que fechou a manifestação
bacurau. Foi lindo, repito. Arrepiou ver todos aqueles na rua, as bandeiras
balançando nas mãos do povo. (Re)Descobrimos aquilo que há tempos tínhamos
esquecido: nossa voz. O povo está se colocando mais uma vez como agente
político, e não se contentando com, até então, nosso momento único de
participação política: o voto. E justamente por ser um momento singular em
nossa história, precisamos aproveitá-lo bem.
A luta é política. Exige organização e resistência. Ontem foi lindo, animador. Mas não podemos nos contentar. Gente que até então nos classificava como “vândalos”, “baderneiros” e “vagabundos” está abraçando a causa, e isso é ótimo. Mas vamos com calma. Não podemos baixar a guarda.
A luta é política. Exige organização e resistência. Ontem foi lindo, animador. Mas não podemos nos contentar. Gente que até então nos classificava como “vândalos”, “baderneiros” e “vagabundos” está abraçando a causa, e isso é ótimo. Mas vamos com calma. Não podemos baixar a guarda.
Na quinta
tivemos a expressão real do desespero. Ontem foi uma ação estratégica.
Nossa
causa está ganhando forma, e não podemos deixar que o desvio de rota da situação na
quinta-feira faça com que o movimento se perca. "Resistência até a última
gota de vinagre!"
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